O Comando do Exército confirmou nesta quarta-feira (13) que quatro militares brasileiros morreram no Haiti, em função do terremoto de magnitude 7 que atingiu o país na véspera.
De acordo com o Exército, os militares mortos são: 1º tenente Bruno Ribeiro Mário, o 2º sargento Davi Ramos de Lima, o soldado Antônio José Anacleto e o soldado Tiago Anaya Detimermani, todos do 5° batalhão de Infantaria Leve, com sede em Lorena (SP). Todos eles estavam fora da base no momento do terremoto.
Um terremoto de magnitude 7 na escala Ritcher atingiu o país na terça-feira (12), destruindo vários prédios na capital, Porto Príncipe, e causando devastação no país da América Central. O tremor afetou a estrutura de telecomunicações no país, e as informações sobre vítimas e danos ainda são desencontradas.
O Brasil comanda uma missão de paz da Organização das Nações Unidas naquele país.
"O Exército brasileiro, consternado e imbuído do mais alto sentimento de solidariedade, está empenhado em prestar todo apoio necessário às famílias dos militares vitimados pela tragédia", informou o general Carlos Alberto Neiva Barcellos, chefe da Comunicação Social do Exércio, por meio de comunicado.
O subchefe de Comunicação Social do Exército, coronel Eduardo Cypriano, afirmou que só haverá divulgação sobre mortes depois que os corpos forem identificados e que as famílias forem avisadas. "É provavel que tenhamos mais mortos", admitiu Cypriano.
Neiva acrescentou que ainda não é possível "precisar" quando os corpos chegarão do Brasil. Atualmente, há 1.266 militares brasileiros no país, segundo o ministério da Defesa. O comandante do Exércio, Enzo Martins Peri, está se deslocando nesta quarta-feira para o Haiti, informou a Comunicação Social.
Feridos
Além dos mortos, o Exército informou que também há militares feridos. São eles: tenente-coronel Alexandre José Santos; capitão Renan Rodrigues de Oliveira; 3o sargento Danilo do Nascimento de Oliveira; cabo Eugênio Pesaresi Neto e soldado Welinton Soares Magalhães.
Danos
O Exército informou ainda que o terremoto causou "sérios danos estruturais" à cidade de Porto Príncipe, capital do país, e em algumas bases do contingente brasileiro. "Foram comprometidos sistemas de telefonia fixa e de celular, o que vem dificultando o repasse das informações", acrescentou o general Carlos Alberto Neiva Barcellos.
Segundo ele, os deslocamentos motorizados estão, até o momento, "praticamente inviabilizados" por conta da "grande quantidade de escombros" nas ruas de Porto Príncipe. "Tal fato, aliado à escuridão, à falta de energia elétrica e iluminação pública tem prejudicado de sobremaneira os levantamentos mais pormenorizados, bem como a avaliação da real extensão dos danos", informou o Exército.
População
O Exército divulgou ainda que a população do país tem se deslocado "em massa" em direção à base do Comando do Batalhão Brasileiro (Brabatt), menos atingida pelos abalos, em busca de socorro e de auxílio no resgate dos feridos. "Desde o início dos abalos sísmicos, o Brabatt, usando todos meios disponíveis, está empenhado em atender as vítimas da tragédia", acrescentou o general Neiva Barcellos.