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Um Blog jornal

domingo, 7 de fevereiro de 2010

(música) Beyoncé vai de ‘musa rebolativa’ a ‘noiva virginal’ em show no Morumbi


Não é à toa que Beyoncé ganhou seis prêmios na mais recente edição do Grammy e ainda levou o título de artista da década do jornal inglês “The Guardian”. Em seu primeiro show na capital paulista, na noite de sábado (6) no Estádio do Morumbi, a cantora norte-americana provou que sabe usar o corpo e o vozeirão em prol de uma performance completa. O espetáculo pode não contar com todo o aparato técnico de uma turnê de Madonna, mas leva ao público os elementos essenciais para criar empatia e conquistá-lo de cara.


Foto: Daigo Oliva/G1

Diva abriu show cantando 'Crazy in Love'. (Foto: Daigo Oliva/G1)


Assim que entra em cena, vestida em um maiô dourado com um enorme laçarote no bumbum, a artista hipnotiza a plateia com o sucesso “Crazy in love”. A batida empolgante do hit faz com que, em pouco tempo, 60 mil pessoas – conforme informações da organização – se movimentem como se fossem uma só. O telão de alta definição no fundo do palco dá uma ideia da real dimensão da cantora frente aos fãs: enorme, impecável, com os cabelos esvoaçantes. 

Beyoncé pertence a uma linhagem de artistas da música negra que entraram cedo nesse universo em uma banda e ganharam destaque quando saíram em carreira solo – assim como aconteceu com Diana Ross (The Supremes) e Michael Jackson (Jackson Five). O rei do pop, aliás, é lembrado ao final do show, quando a cantora pede para todos erguerem as mãos em uma homenagem. A bela também não deixa de honrar o próprio passado (ainda que recente) em um medley de canções da época em que integrava o Destiny’s Child (com “Bootylicious”, “Bug a boo” e “Jumpin’ jumpin’”.

Com a segurança de quem tem talento desde que nasceu – como provam os vídeos da artista cantando e dançando ainda na infância, na introdução da faixa “Radio” – Beyoncé aproveita para expressar seus mais diferentes desejos e se reserva ao direito de ser contraditória. Se, num momento, ela entoa a canção religiosa “Ave Maria” e se transforma em uma noiva virginal, toda de branco, em outro ela encarna uma roqueira de óculos escuros e roupa justa de couro, cantando “If I were a boy”.

O bloco mais romântico – que inclui ainda as baladas “Smash into you” e “Broken hearted girl” – resvala no kitsch. Mas, em seguida, a ideia que se propõe é a de uma mulher metade bicho, metade robô. Neste momento, Beyoncé encarna a poderosa vestindo um dos figurinos mais inusitados entre as produções feitas exclusivamente para ela pelo estilista francês Thierry Mugler e levanta o público novamente com “Diva”, de pegada mais eletrônica. Em outro vídeo no telão, a musa cita uma lista de palavras – entre as quais sexo e compromisso.

Formada só por mulheres, a banda que a acompanha ganha destaque em um dos intervalos, com direito a solo de guitarra e de piano. Na sequência, o trio de estilosas vocalistas batizado de The Mamas assume o controle, mostrando a potência vocal que ajuda a encorpar toda a apresentação. Já os quatro bailarinos sarados da trupe têm o seu melhor momento durante a performance de “Upgrade U”, quando Beyoncé vai para um palco menor, que se projeta no meio da pista vip.

O show termina com a energia alta. Depois do hit rebolativo “Single ladies (Put a ring on it)” – e a coreografia que ganhou fama pelo mundo afora, conquistando até o presidente americano, Barack Obama – vem a balada “Halo” – uma das canções mais tocadas nas rádios brasileiras em 2009. Mantendo a tradição, Beyoncé canta “Parabéns a você” a todos os aniversariantes da noite. E, em tempos de internet, não faltam agradecimentos como “obrigada aos fãs por todos os seus twitts”. Duas horas depois, não resta dúvida quanto ao seu talento. Afinal, diva de verdade sabe equilibrar bem personalidade e clichês.


Foto: Daigo Oliva/G1

Beyoncé chega a São Paulo em um dos melhores momentos de sua carreira. (Foto: Daigo Oliva/G1)


Depois de São Paulo, Beyoncé passa ainda por Rio de Janeiro (neste domingo, 7, e segunda, 8) e Salvador (quarta, 10). Confira abaixo informações sobre os shows:

RIO DE JANEIRO (Com show de abertura de Wanessa) 
Quando:
 domingo (7) e segunda (8), às 20h
Onde: HSBC Arena, Av. Embaixador Abelardo Bueno, 340. Abertura dos portões às 17h. 
Ingressos: esgotados para o show de domingo (7). De R$ 120 a R$ 750. Estudantes pagam meia-entrada. 
Informações: www.livepass.com.br / 4003 1527 (custo de ligação local) 

SALVADOR (Com show de abertura de Ivete Sangalo)
Quando: quarta (10), às 21h 
Onde: Parque de Exposições de Salvador – Avenida Luís Viana.
Ingressos: De R$ R$ 60 a R$ 400.
Informações: www.livepass.com.br / 4003 1527 (custo de ligação local)

(cinema) Apesar dos recordes, 'Avatar' está longe de ser o filme mais visto do mundo


Ampliar FotoFoto: AP/AP

James Cameron, acostumado a reinar nas bilheterias desde 'Titanic' de 1997, segura o Globo de Ouro de melhor filme por 'Avatar'.  (Foto: AP/AP)

Maior bilheteria do cinema mundial, com US$ 2,08 bilhões acumulados até a última sexta-feira (5), "Avatar" já se consolidou como o novo marco comercial da indústria para este início de século XXI. Desde sua estreia, em dezembro de 2009, o épico futurista de James Cameron já coleciona uma série de recordes de desempenho e, na semana passada, tornou-se oficialmente o filme que mais arrecadou na América do Norte (EUA e Canadá) em todos os tempos, com US$ 606,5 milhões em ingressos vendidos na região até sexta. O recorde teve um gostinho especial para James Cameron: foi marcado em cima de outro de seus filmes, o gigante "Titanic", que permanecia intacto no trono desde 1998.

Os números são, de fato, impressionantes. Não é todo dia que um blockbuster rompe a barreira dos US$ 500 milhões nas bilheterias norte-americanas, ainda mais quando se trata de uma franquia totalmente inédita - sucessos mais recentes como "Batman - O cavaleiro das trevas" e "Shrek 2", por exemplo, tinham a seu favor o fato de já estarem no imaginário do público. Mas, quando se olha por outro ângulo, o do número de pessoas que efetivamente compraram seus ingressos e entraram em uma sala de cinema para assistir ao filme, "Avatar" está ainda a léguas de distância do campeão absoluto desde 1939, o clássico "E o vento levou".  



O principal motivo da distorção é fácil de entender: desde o início da tabulação do desempenho dos filmes no mercado norte-americano, sempre se contou os resultados em dólares arrecadados, nunca em tamanho de público, como se faz no Brasil, por exemplo. De acordo com o site especializado na indústria cinematográfica da região BoxOfficeMojo.com, simplesmente não há dados 100% seguros sobre número de espectadores de um filme neste que é certamente o maior mercado de cinema do mundo. O site, que é o mais confiável do setor, criou no entanto um método prático para se calcular o número aproximado de espectadores de um filme, dividindo-se o total arrecadado pelo preço unitário médio do ingresso na época do lançamento.


Ginástica matemática

Por meio desse cálculo, estima-se que cerca de 202 milhões de norte-americanos tenham visto "E o vento levou" quando o ingresso custava em média US$ 0,23. Na outra ponta, "apenas" 61 milhões de pessoas viram "Avatar" até agora na América do Norte. Justiça seja feita, o filme de Cameron está em cartaz há oito semanas, enquanto que "E o vento levou" foi exibido durante anos em sua versão original e teve pelo menos sete relançamentos. Ainda assim, se atualizarmos os US$ 0,23 do ingresso de 1939 para os US$ 7,61 de 2010, o clássico estrelado por Clark Gable estaria com  US$1,5 bilhão em bilheterias - só na América do Norte. 

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Cartaz original de 'E o vento levou', clássico com Clark Gable e Vivian Leigh, que sustenta há 70 anos o recorde de mais visto nos cinemas (Foto: Reprodução)

Também em valores atualizados,  "Avatar" fica atrás de superproduções como "Star wars" e "E.T.", que ocupam a segunda e a quarta posições, respectivamente, e do próprio "Titanic", na sexta colocação.

Por fim, outro fator que contribui para dificultar as comparações entre o sucesso de  "Avatar" e o de outros blockbusters no passado está ligado a uma característica peculiar do primeiro: trata-se concretamente do primeiro grande lançamento a ocupar mais salas 3D e de tecnologia IMAX do que as tradicionais, e o preço do ingresso nessas instalações mais modernas também tende a variar para mais. 

Segundo relatório do BoxOfficeMojo, 64% da renda de "Avatar" na América do Norte foi feita em salas 3D, 16% em IMAX e outros 19% em cinemas convencionais. Com preço médio de US$ 14,58, um ingresso de sala IMAX equivale a praticamente o dobro de um ingresso normal; o de uma sala 3D gira em torno de US$ 10.

Com isso, é compreensível que "Avatar" acumule cifras mais altas que "Titanic", por exemplo, mas que continue na 53ª posição em público estimado, contra o 6º lugar do drama romântico de Leonardo DiCaprio e Kate Winslet.


Ducha de água fria?

Apesar de todas as ponderações necessárias, o desempenho comercial de "Avatar" na América do Norte e no mercado internacional continua impressionando mesmo os profissionais do setor.

"'Avatar' é um fenômeno. Não há a menor dúvida. Ele pode estar atrás de 'Titanic' ainda em termos de espectadores, mas 'Titanic' tinha um público mais amplo, que ia desde as garotas adolescentes até a terceira idade. 'Avatar' tem um público mais direcionado", opina Pedro Butcher, editor do Filme B, site brasileiro sobre o mercado de cinema do país. 

Ampliar FotoFoto: Divulgação/Divulgação

Mistura de animação, 3D e live action: Sam Worthington em frente a seu 'avatar' (Foto: Divulgação)

Por aqui, "Avatar" já acumula R$ 77,8 milhões arrecadados e um público de 7,2 milhões de espectadores, segundo dados de sexta-feira do Filme B. Para efeito de comparação, "A era do gelo 3", filme mais visto no país em 2009, rendeu R$ 81 milhões nas bilheterias e foi assistido por 9 milhões de brasileiros.

Segundo Butcher, talvez o principal feito de "Avatar" não esteja nos números mas em transformar o hábito dos cinéfilos no mundo todo. "'Avatar' é realmente um marco do cinema digital e 3D. O que acontece agora é que o próximo 'Harry Potter' e 'Fúria de titãs' serão convertidos em 3D. Se o lançamento tiver o mesmo público-alvo de 'Avatar' vai ficar estranho não sair também em 3D", conclui.

James Cameron, claro, sabe disso tudo há muito tempo e já promete, para breve, uma versão em 3D de "Titanic". De uma forma ou de outra, parece que o diretor megalômano vai continuar reinando no mundo do cinema por um bom tempo.

(mundo) Secretário de Defesa dos EUA critica decisão iraniana



O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, pediu à comunidade internacional neste domingo (7) para que seja feita uma frente única para pressionar o governo iraniano em relação ao conflito derivado  pelo programa nucelar daquele país. 

Após uma reunião em Roma com o ministro da Defesa italiano, Ignazio La Russa, Gates tachou de "decepcionante" a resposta de Teerã à proposta do Ocidente para resolver as tensões.

A declaração de Gates foi feita pouco depois do anúncio do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad de que seu país iniciará o processo de enriquecimento de urânio a 20%. No mesmo pronunciamento, disse porém que as negociações com o Ocidente ainda estão abertas.

O secretário de Defesa dos EUA insistiu sobre a necessidade de um trabalho conjunto. "Caso a comunidade internacional faça uma frente única para pressionar o governo iraniano, creio que ainda haverá tempo para que as sanções e pressões funcionem", disse Gates. Para o secretário, se essa união ocorrer, ainda haverá tempo para que as pressões sobre o Irã a respeito do conflito nuclear e as sanções tenham o efeito desejado.

Ao mesmo tempo, o secretário americano mstrou moderação: "Todos podemos fazer mais, (...) mas as pressões devem ser exercidas sobre o governo e não sobre o povo iraniano", afirmou.

 Repercussão
O ministro da Defesa alemão Karl-Theodor zu-Guttenberg também criticou a postura de Teerã. "Devemos ser muito cuidadosos a respeito do impacto que nossas decisões podem ter. Ao mesmo tempo, é preciso deixar claro ao Irã que a paciência da comunidade internacional está terminando". 

Já o Ministério de Relações Exteriores do Reino Unido classificou como "preocupantes" as declarações de Ahmadinejad. As informações de que o Irã projeta enriquecer por conta própria urânio a 20% geram muita preocupação. Isso violaría de forma deliberada cinco resolucões do Conselho de Segurança da ONU", disse um porta-voz do Ministério.