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Para o amor só roma pode esconder.

Um Blog jornal

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Lançamentos


RAUL SEIXAS - "10.000 ANOS À FRENTE"




Divulgação
Gravadora: Universal
Mercadologicamente falando, Raul Seixas é quase o nosso Elvis – fenômeno imortal que garante vendas constantes e ainda rende um extra em datas especiais, como os 20 anos da morte do cantor e compositor baiano, celebrados em 2009. Ainda dentro desse clima, a Universal lança a caixa “10.000 anos à frente”, com seis álbuns de Raul – sua estreia solo “Krig-ha, bandolo!”, acompanhado dos também essenciais “Gita”, “Novo aeon” e “Há dez mil anos atrás”, além de dois discos de versões de clássicos do rock “Raul rock Seixas” e “30 anos de rock”. Os discos de inéditas marcam a fase de ouro do Maluco Beleza e sua parceria com Paulo Coelho. Vendo e ouvindo os álbuns juntos, é possível entender melhor a carreira de Raul e sacar um pouco do seu projeto estético, místico e sempre doidão. Além disso, os álbuns vêm com faixas-bônus como quitutes, como a boa “Caroço de manga”, da trilha sonora da novela “A volta de Beto Rockfeller”. Faltou apenas um capricho maior para transformar a caixa em um objeto de desejo mais definitivo. Ao invés de um livro falando sobre os discos, ela é acompanhada de um encarte magro que não deve atrair nem o mais fervoroso fã.(AMAURI STAMBOROSKI JR.)

  
SCORPIONS - "AMAZÔNIA - LIVE IN THE JUNGLE"

















Divulgação
Gravadora: Sony
Não se engane – esse DVD, gravado durante a turnê dos Scorpions pelo Brasil em 2008, entrega menos do que parece prometer sua capa equatorial e o seu inconfundível título “Amazônia – Live in the jungle”. Na verdade a única parte ao vivo do vídeo que se passa na Amazônia é uma sequência de cinco músicas em Manaus, que é acessível apenas como extra. Além disso, há um “documentário” que consiste em cinco minutos de vídeo com o Scorpions voando em um pequeno avião particular sobre a floresta a partir de Belém, a convite do Greenpeace, para observar o desmatamento local. O show principal do DVD foi gravado em Recife, com qualidade de especial para algum canal de TV. Deixando de lado todo a farofa em que consiste a mera existência do grupo alemão, é impressionante observar como um grupo de pioneiros do hard rock ficou tão refém das próprias baladas – não importa o quão pesadas sejam as outras faixas, nada vai levantar tanto a plateia quanto “Wind of change” e “Still loving you”, faixas imortais das madrugadas das rádios FM. É bom que a aposentadoria chegue logo. (ASJ)

ARMANDINHO - "VOLUME 5"




















Divulgação
Gravadora: Independente

Escolher um gênero pode ser uma armadilha ou uma benção para um artista – depende dos seus objetivos artísticos e econômicos. Ao dar preferência por uma forma polida e pop reggae, Armandinho optou por uma faixa de público, praieira, urbana e classe média, e deve lhe render uma confortável carreira e aposentadoria. Ao norte do litoral paranaense talvez soe estranho para os fãs que o cantor que apareceu em 2006 com “Quando Deus te desenhou” já esteja em seu quinto álbum, mas o fato é que a voz de Armandinho assombra a gélida costa gaúcha e as paradisíacas praias catarinenses há uma década. Para não dizer que nada mudou, “Amor de primavera” tem uma guitarra à Men At Work, e Alceu Valença se materializa na Praia da Brava na versão de “Como dois animais”. De resto, é a trilha perfeita para os ‘surfistas calhordas’ dos Replicantes. (ASJ)
QUASI - "AMERICAN GONG"










Divulgação
Gravadora: Kill Rock Stars
Veteranos da cena lo-fi que ameaça voltar junto com as nostalgias dos anos 90 que abrem o novo ciclo de revival da nova década de 10, o Quasi mostra que é possível evoluir e envelhecer nesse meio sem deixar a sinceridade de lado. Com três pesos pesados do indie na produção (Steve Fisk, Tucker Martine e Dave Fridmann) “American gong” traz o agora trio pegando pesado nas guitarras, como em “Black dogs & bubbles” e “Little white horse”, mas sem esquecer das baladas delicadas e estranhas, como “The jig is up”. O baixo da recém-incorporada Joanna Bolme (Stephen Malkmus & The Jicks) ajuda a sustentar os momentos mais freaks do ex-casal Sam Coomes (vocal, guitarras, teclados) e Janet Weiss (vocal e bateria), e a banda parece se reinventar para a nova geração – ouçam com atenção, crianças, porque eles têm muito para contar.  (ASJ)