Mau tempo prejudica chegada de helicópteros à região afetada por cheias.
Segundo governo, 475 pessoas já foram retiradas de Aguas Calientes.
Os brasileiros reunidos no povoado de Aguas Calientes, em Machu Picchu, presos por causa das fortes chuvas que bloquearam a saída da cidade, se concentraram na praça central e montaram um QG - numa barraca plástica - para ajuda mútua.
A informação é do contador catarinense Mauro Fornazari, que está há quatro dias ilhado na cidadezinha. Segundo ele, a situação de quem está à espera do resgate por helicóptero é um pouco melhor. "Houve um pouco de abastecimento de água e comida e é possível ver policiais de operações especiais circulando. Eles disponibilizaram mais centros comunitários e não há mais tantas pessoas dormindo nas ruas. Eu e minha família conseguimos um hostel para ficar."
As autoridades peruanas afirmaram já ter retirado, de helicóptero, 475 dos mais de 2 mil turistas que estão no local. Nesta quarta, mais 800 devem ser resgatados se o tempo ajudar, disse o ministro de Comércio Exterior e Turismo do Peru, Martín Pérez.
Turistas isolados pelas chuvas aguardam socorro de helicópteros do governo próximo a Machu Picchu, no Peru (Foto: Roxabel Ramon / Diario El Comercio / Reuters)
Mau tempo
Segundo o advogado paulistano Claudio Pedreira, o tempo está nublado em Aguas Calientes, e até agora nenhum helicóptero foi visto pousando na região nesta quarta. "Choveu muito esta noite, e o tempo não está bom."
Claudio diz que já perdeu sua viagem de volta a São Paulo e, inclusive, já deveria estar de volta ao trabalho. Ele falou que a rotina em Aguas Calientes é basicamente acordar muito cedo e caminhar pelas ruas à procura de informação.
Homem retira nesta quarta-feira (27) pneu de sua casa, alagada pelas chuvas na região peruana de Cusco. (Foto: AP)