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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

(mundo) Chile abre museu em memória às vítimas da ditadura de Pinochet

O Chile inaugurou na segunda-feira o Museu da Memória e dos Direitos Humanos, em homenagem aos que foram torturados, assassinados ou desapareceram durante a ditadura de Augusto Pinochet.

"A mensagem deste memorial é mostrar que todos perdemos algo. O que se passou, a divisão do país da ditadura, afetou a todos", disse à imprensa a diretora executiva do projeto Museu da Memória, Marcia Scantlebury.


Foto: AP
Fotos de desaparecidos durante a ditadura de Pinochet são mostradas no Museu da Memória e dos Direitos Humanos, em Santiago do Chile, nesta segunda-feira (11). (Foto: AP)

A inauguração aconteceu dois meses antes do fim da presidência de Michelle Bachelet e a seis dias do segundo turno da eleição presidencial que definirá seu sucessor, entre o direitista Sebastián Piñera e o governista de centro-esquerda Eduardo Frei. A presidente e seus pais são parte das cerca de 30.000 vítimas diretas deixadas pela ditadura, entre mortos, desaparecidos e torturados.



"Não podemos mudar nosso passado, só nos resta aprender com o que vivemos. Esta é nossa oportunidade e nosso desafio", disse a presidente ao lançar a pedra fundamental do edifício em dezembro de 2008.

Registros audiovisuais, gravações de programas radiofônicos, desenhos e objetos guardados pelos prisioneiros das prisões e dos campos de concentração da ditadura ao longo do Chile, estarão expostos num recinto de 9.000 m2 - inclusive numa esplanada - numa zona central de Santiago.

O ato de inauguração foi marcado por protestos de ativistas pró indígenas, que interromperam o discurso da chefe de Estado.

Duas mulheres pediram liberdade aos mapuches - que representam 6% da população chilena de 16 milhões de habitantes - que reivindicam terras no sul do país, que chamaram de 'presos políticos'.

Antes do incidente, Bachelet destacou a abertura do lugar.

"A inauguração deste museu é um sinal poderoso do vigor de um país unido. União que se funda no compromisso compartilhado de nunca mais voltar a sofrer uma tragédia como a que neste lugar sempre recordaremos", afirmou em referência à ditadura (1973-1990).

"Esta tragédia somou desde o primeiro dia a negação e a ocultação da dor do cativeiro ou da morte (...) tragédia que assolou um país em crise profundamente dividido e confrontado, que não foi capaz de superar suas diferenças dentro da democracia", disse Bachelet.




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